A listagem de livros para leitura é grande, porém eu não deixo de dar atenção para nenhum. Leio cinco a dez ao mesmo tempo. O que realmente dificulta é a ansiedade que aumenta a cada dia. Eu olho para estante e antes mesmo de terminar a publicação, na loucura da minha cabeça, entre o intervalo de um e outro esse objeto toma vida e começa a falar comigo: “quando vamos terminar isso?”, parece cena dos filmes do Tim Burton. Deslumbramento total. É uma grande inquietação.

Enfim, “Inquietações fotográficas” chegou seu momento! Foram lidos os 31 textos escritos por Georgia Quintas, entre publicações no Jornal do Comércio de Recife, Blog OlhaVê e muitos outros. O interessante é ler tudo em ordem, o sentido, a virada da folha de papel para leitura do próximo parágrafo ou linha. Os textos são carregados de significados, a escrita, a escolha das palavras, tudo com uma cadência perfeita. Algo bem diferente do que tenho lido, essa é a diferença: “A fotografia transcende o real porque consegue estabelecer mundos sensíveis. Ao acessar a percepção do indivíduo, a simbiose entre ilusão, imaginação e magia inerente à imagem fotográfica salvaguarda os múltiplos caminhos e dimensões simbólicas, subjetivas e da ordem do espírito”.

Para essa publicação chegar as minhas mãos eu tive o privilégio de ir em seu lançamento, na Doc Galeria em agosto de 2014. Ao mesmo tempo foi feito o lançamento do livro Abismo da Carne, Ricardo Labastier, em breve terá sua inquietação aqui no meu blog.

Foi tudo incrível, eu ando e respiro fotografia, lógico nesse dia eu estava em outro compromisso, corri para pegar o metro, e depois um táxi. Cena de filme, eu ainda insisto com o filme de Tim Burtom, fiquei imaginando a loucura toda desse trajeto. Aproveitei para organizar todo espaço para caber isso, arrumando aqui a estante interna dos conteúdos. Chego lá, uma fila com personagens muito interessantes, rolou muita conversa. Já pagou todo o esforço e ainda com troco.

Ao redor obras maravilhosas de Ricardo Labastier. Foi corrido, porém reencontrei amigos, peguei em minhas mãos essa publicação com uma refrescante dedicatória para mim e para Daniela Rabelo, e lógico uma conversa rápida com Georgia: “Oi Rodrigo, como você está?”, eu respondi: “Georgia estou em plena transformação!”

Conheci o casal OlhaVê, Georgia e Alexandre Belém, pessoalmente em um dos cursos que fiz: “como ler as suas próprias fotografias – A construção de imagens como percurso autoral”. Um divisor de águas em meu raciocínio fotográfico que reverbera até hoje. No universo da fotografia como arte contemporânea a contribuição tanto da Georgia e do Alexandre é de peso. Vale muito adquirir a obra que você encontra clicando aqui.

A inquietação faz parte da fotografia, a frase resume bem isso é: como se superar a cada momento? Essa é a grande inquietação.

Mais sobre o livro aqui

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