Objetos Cortantes – Gillian Flynn

Especial: Daniela Rabelo
Editora: Intrínseca; Edição: 1ª (2 de fevereiro de 2015)
Idioma: Português
ISBN-10: 858057658X
ISBN-13: 978-8580576580

Eu sempre li livros técnicos. Da Comunicação e da Saúde (tenho essas duas formações).

Dia desses resolvi mudar. Botei a ficção para ser minha amiga. E voltei a ler alguns livros interessantes, que abriram a minha cabeça para outras coisas. A mudança é mesmo uma das poucas certezas da vida. O motor, o giro.

Li a saga Harry Potter em uma dessas férias de professor (não lembro se foi janeiro ou julho). Peguei a trilogia de Eragon. Voltei ao tempo com obras mais atuais. E hoje estou em uma fase mais suspense. Protagonistas com força, conflitos e desejos. Acabei de refletir sobre o último livro da Gillian Flynn, Objetos cortantes. E preciso escrever sobre ele.

Só para lembrar: li Garota exemplar e Lugares escuros. Achei os dois incríveis, um dia escrevo sobre eles quando puder. Mas esse Objetos cortantes – fiquei 5 dias só impactada por ele. É terrivelmente incrível esse livro. Só tenho uma crítica ao final rápido e cortante – fazendo uma analogia ao livro.

Eu fiz toda a leitura no Kiddle, o que facilita muito. Parece que o livro flui mais rápido quando usamos uma tecnologia dessas. Eu amo os objetos físicos, mas sei lá, parece que no kindle é diferente. Muito bom!

Só a 9% do livro conhecemos o sobrenome da personagem: Preaker. Mais pra frente ela apresenta seu nome ao leitor: Camille Preaker, jornalista do Daily Post. Missão: investigar sobre crimes das garotinhas na pequena e pacata cidade de Wind Gap.

Já antecipo que a cidade não é tão pacata assim. Os conflitos morais que vivem por lá tornam mais interessante o livro, e à medida que se avança, vai se entendendo que a busca de Camille não é por uma matéria sobre crime, mas por sua própria identidade. Lembro que na cidade ainda mora sua família, peculiarmente diferenciada, assim como a jovem jornalista.

Enquanto vai apurando o crime ela vai se encontrando e se perdendo com direitos a rememorar práticas de automutilação infligidas. Não conto mais para não deixar os detalhes e os pontos de virada – característica marcante da Gilliam Flyn, expressos. É um tal de Ohhhhhh e Ahhhhh no seu livro presente. A cada virada você se assombra, se assusta, lhe prendendo em um nível máximo.

Me impactou bastante e é recomendo a leitura. Vai entender muitas coisas, refletir outras tantas. Flynn corta a todos nós com um olhar sagaz sobre a América. Me lembrou muito o livro América, do Jean Braudrillard, no aspecto crítico do significado de ser sujeito nos Estados Unidos.

Recomendo, #5stars.

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