Cogito, ergo sum.

René descartes

É com a máxima de Descartes que inicio o texto.

E assim, pensando, refletindo e colocando nossa expressão no mundo que entoamos nosso discurso.

Ele é um dos pontos vitais do ser humano. É nele que você se mostra, você é e revela do que se apropria no mundo. Nós somos exterioridade, somos o Outro, somos nós toda hora porque quando propomos nosso discurso, apresentamos o que lemos, o que entendemos, do que gostamos, o que mais se abre em nossa mente.

Mas o que é discurso?

Ele é a linguagem em curso. Esta é a base filosófica do termo. É nesta palavra que repousa tudo que é mais próprio e mais coletivo. Perceba, se o discurso compreende uma linguagem em movimento, linguagem em curso, e nós somos essencialmente gente em movimento, a cada vez que eu me encontro com o outro, me aproprio também de outros sentidos que são dados do outro. Das palavras, expressões, vivências, sentidos e verdades.

Por isso faz sentido pensar o ser: não apenas no questionamento do mundo (que é muito importante), como também percebendo que quando pensamos, consistentemente formulamos, elaboramos, somos diferentes. E isso seria bem difícil sem o Outro.

Aqui no Vamos Ler Mais sempre estamos lendo livros diversos, ficcionais, de autoajuda, técnicos. Discutimos todos os dias livros para que possamos estabelecer a troca e a elaboração de novas ideias. Nossos discursos se plasmam, se encontram, se desencontram e formam novos discursos.

É vida em movimento. Palavra dinâmica.

Agora sim, podemos falar sobre Análise de Discurso.

No próximo post, novos discursos. Resenha de livro lindo, da Eni Orlandi.