Por: Daniela Rabelo

Eu confesso – adoro rabiscar livros. Imprimo a minha própria existência neles com perguntas, respostas e notas. Sempre a lápis, coloco nomes de outras pessoas para mostrá-las depois pontos interessantes do livro que estou lendo e que faz parte do universo delas. Tudo está lá registrado, a palavra cerca e fica.

Escrever em livros é uma forma de conversar também com o autor. Ficamos ali, eu, o livro e o autor, em uma tríade perfeita e equilibrada de equivalência, nos entendendo, nos perguntando, nos questionando, nos refletindo. Ler não é solitário. Abrange o nós, sempre estamos juntos no processo.

Em coletivo ainda aproveito para homenagear um autor e um livro – Guia prático para a redação científica (Ed. Best Writing, 2015), do professor Gilson Volpato. Tenho duas observações-síntese a fazer, da obra e do mestre. O livro traça em etapas o processo de escrita científica, tornando-o simples, direto, didático e fluido. Aquela fluidez de rio manso – você vai trilhando as águas, que passam por pedras, por outros rios, mais pedras, navega e chega lá. É excelente e recomendo a todos.

Sobre o autor, faço um parágrafo especial. Toda a sabedoria e conhecimento se extende à sua pessoa. É gentil, educado, crítico, inteligente. E simples. Coisa rara e cara ao mundo acadêmico, e eu, agradeço.

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