É isso mesmo, não somos automáticos. A automação do mundo está nos puxando, um empurra empurra para coisas que não refletem nossa vida e prazeres. Eu mesmo sou assim, assumo. Ao meu lado, no restaurante, os casais com seus aparelhos ligados, nenhuma conversa entre olhares por cima da tecnologia super veloz. Fica assim o tempo todo. Os toques dos dedos são delicados nas telas e não na conversa. O mundo está nas mãos: notícias, tragédias, desastres, a economia a política, segundos em vídeos do gato fofo ou cachorros incríveis. Tudo ao mesmo tempo e agora.

A automação rouba a atenção com sutileza de um ladrão. A coisa toda possui um tom de liberdade, tudo é fácil, coloca a atenção em um mundo fechado. Fico com medo, verdade. Medo de criar uma realidade muito particular, ao mesmo tempo transpor isso para o mundo off-digital. Um clique e um delete, já pensou? O instantâneo pode ser arrebatador. O pensamento é como um músculo, o que se passa pode ser automaticamente replicado.

Conselho, quando você desligar o automático coisas extraordinárias vão acontecer. Digo, existe um mundo colorido, cheio de sabores e cores. As texturas com formas diferentes e repletas de entalhes e chanfros. Desenhos maravilhosos. Depois, você vai começar a sentir as mudanças de entonação das pessoas.

Fora da caixa existem outros caminhos!160108-blog-livros-0035_MG_2307-2016