As atividades diárias nos sufocam cada dia mais, momentos sem um frescor desabam sobre nossa cabeça. Contas à pagar, problemas na economia do país, na política, no trabalho, na casa onde moramos, apartamento, condomínio, impostos, família, alimentação, meu Deus e o preço do feijão? E por aí vai. A lista não diminui, as dificuldades só aumentam.

Um dia desses vi um texto nas redes sociais, na timeline de uma amiga, falando do simples deliciar de um drops de cereja, em que relembra de oferecer para as amigas numa festa dos anos 80. Eu adoro esses momentos, na verdade eu gosto colecioná-los. Os bons acontecimentos guardamos. A minha esposa diz que eu sou saudosista, pergunto para ela se isso é ruim. Ele me diz, não. Guardo essas ações na memória, pois sempre me dão esperança. Todas inspiram meu trabalho como fotógrafo, escrever, criar e imaginar.

Meu sonho é poder relembrar a primeira vez em que eu senti o gosto da hortelã e de várias outras coisas que gosto de comer, não me refiro as balas, chocolates e outros doces, eu falo da hortelã pura. Claro, se você pegar a folha e mastigar de vez vai sentir o gosto amargo antes do frescor. Por isso, na minha humilde opinião a hortelã não foi feita para consumo in natura, e sim acompanhar outras receitas. As memórias boas acompanham nossa vida. Tudo com moderação para não amargar, para não nos prender no passado. É preciso ir em frente. As boas memórias? Só acompanhamento!

Os esquecimento é o inimigo. As recordações felizes, os amigos! As pessoas teimam em esquecer esse frescor na vida. Bom, se eu não não me lembrar sou capaz de inventá-las.

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